As primeiras referências ao perfume remontam ao antigo Egipto. Os egípcios reservavam as melhores fragrâncias para os deuses, na esperança de que as orações proferidas aquando do ritual chegassem a bom porto e fossem atendidas o mais rapidamente possível.
O perfume era infinitamente mais valioso do que hoje e só os grandes sacerdotes ou a realeza podiam dispor dele. Exemplo disso foi Cleópatra. Esta rainha egípcia, que no que diz respeito a conquistas teve tanto de fama como de proveito, usava e abusava de fragrâncias para seduzir os seus amantes.
À semelhança do que aconteceu no Egipto, também os gregos se tornaram adeptos do perfume. Só que para este povo as fragrâncias convertidas em perfumes tinham, para além da sua função olfactiva, caraterísticas medicinais e eram utilizadas como unguentos.
Também no Império Romano, as fragrâncias eram indispensáveis. Nero, por exemplo, chegou a queimar em escassos dias uma quantidade de incenso equivalente à produção anual. Nas festas, o imperador romano exigia que os convidados fossem borrifados com essência de rasas. o seu aroma preferido, que vinha diretamente do continente asiático.
A herança dessas civilizações antigas chegou à Idade Média. E foi então que se deu a primeira grande revolução na indústria dos perfumes com o surgimento do alambique, que permitiu a destilação de matérias-primas — uma contribuição fundamental para a evolução da perfumaria.
Dos odores fortes às fragrâncias naturais
Em França, na época de Luís XV e Luís XVI em que se acreditava que o excesso de banhos poderia causar doenças, a nobreza usava perfumes extremamente fortes; não se tratava, então, de cheirar bem — eventualmente era apenas uma questão de não cheirar mal... Mas os costumes da corte iriam mudar: tratava-se de uma sociedade refinada cuja sensibilidade olfactiva se manifestou incapaz de tolerar odores fortes e que se voltou para os aromas rurais e fragrâncias naturais. Esses perfumes, chegados da Alemanha sob o nome de Água de Colónia, tiveram enorme sucesso em Paris.
No final desse mesmo século, o perfume transformou-se e, de simples composições de água tratada com flores, passou a ser feito com fórmulas mais complexas, que combinavam aromas de couro, almíscar e musgo, por exemplo. Anos mais tarde, o progresso da química permitiu a reprodução artificial de fragrâncias encontradas na Natureza; com o surgimento das matérias-primas sintéticas, o perfume tornou-se mais barato e democratizou-se, podendo ser adquirido por todas as classes sociais sem com isso perder a sua aura de encanto e sedução!
Como escolher
A escolha de um perfume está diretamente relacionada com os nossos sentimentos e com a mensagem que desejamos passar aos outros sobre nós mesmos. Por isso, é fundamental que cada pessoa descubra qual é o seu perfume, de acordo com o seu estilo de vida, a sua personalidade e a compatibilidade entre a pele e a fragrância. Não existem regras nem limites para a escolha — basta testá-lo para se poder avaliar os resultados.
Onde usar
Regra geral, as pessoas têm o hábito de aplicar a sua fragrância preferida somente atrás das orelhas, no pescoço e nos punhos. Todavia, existem outras áreas no corpo onde se aconselha o seu uso: na raiz do cabelo e na nuca; no peito, especialmente entre os seios; e na zona posterior dos joelhos.
Nestas zonas o sangue pulsa com mais intensidade, aquecendo-as. Com isso, dá-se uma maior exalação do perfume, envolvendo agradavelmente a pessoa que o está a usar.
Como cuidar
Para prolongar a vida útil de um perfume, é necessário ter as seguintes dicas em linha de conta:
- Manter o frasco ao abrigo do excesso de luz, calor e humidade.
- O frasco deverá estar bem fechado e colocado num local escuro e ventilado, pois assim o perfume manterá as suas caraterísticas originais, sem oxidar.
- Evitar que dedos entrem em contacto com o perfume, ara evitar a contaminação do esmo por bactérias. As embalagens oferecem maior proteção.