Dentífricos e escovas de dentes

Até há poucos anos, bastava uma escova de dentes e uma pasta dentífrica para tratar da higiene dos dentes. Mas isso era antes de as lojas encherem as prateleiras com novos produtos para branquear os dentes, prevenir o tártaro e tratar das gengivas. No entanto, nem todos esses produtos são igualmente eficazes, e alguns podem mesmo ser perigosos.

Os perigos do branqueamento em casa 

Existem produtos próprios para branquear os dentes. A maioria contém o ingrediente ativo peróxido de carbamida, e praticamente todos são versões de produtos há muito usados pelos dentistas para este fim e muito menos dispendiosos para o consumidor. Infelizmente, sem orientação profissional, muitos desses produtos são nocivos para o esmalte dos dentes, as gengivas e outras partes da boca. Além disso, está provado que, se usados incorretamente, alguns produtos podem provocar alterações celulares que fragilizam os tecidos, os tornando mais suscetíveis a problemas graves no futuro. Se, apesar destes riscos, quiser adquirir um agente branqueador para aplicar em casa, não utilize o produto antes de consultar o seu dentista. Tenha igualmente presente que nem todos os dentes reagem como se pretende a este processo, que atua melhor em dentes amarelados, menos bem nos que têm uma tonalidade acastanhada e pior ainda em dentes acinzentados.

Para além da limpeza 

A pasta de dentes só serve para limpar os dentes? Atualmente, as pastas têm muitas vezes, além do efeito de limpeza, um efeito terapêutico. Escolha sempre um dentífrico que contenha flúor, que protege contra a cárie dentária. Hoje em dia, se encontram pastas não só com flúor, mas também com o antibacteriano triclosan. Em conjunto, estes ingredientes ajudam a prevenir a formação da placa dentária e do tártaro e, desse modo, a cárie dentária e as doenças das gengivas. Se costuma ganhar aftas, procure uma pasta com flúor e sem sulfato de lauril de sódio (SLS), composto que aumenta o risco dessas dolorosas úlceras.

Muitas pessoas preferem pastas de dentes à base de bicarbonato de sódio. Nunca se provou que esta substância combatesse as gengivites ou limpasse os dentes de uma forma especial, mas, se gosta do sabor, isso pode ajudar a escovar os dentes durante mais tempo. As pastas de dentes com os ingredientes ativos cloreto de estrôncio e nitrato de potássio reduzem a capacidade de transmissão da dor pelos nervos, sendo portanto úteis para as pessoas com dentes hipersensíveis aos alimentos quentes ou frios.

Vale a pena lembrar que só após quatro a seis semanas de uso se notam diferenças. As pastas de dentes "branqueadoras", que contêm peróxido de hidrogénio, se assemelham aos produtos domésticos de branqueamento, sendo por isso de evitar.


A melhor escova 

Estudos de curto prazo indicam que as escovas elétricas podem ser mais eficientes que as manuais, mas as provas não são conclusivas. Alguns dentistas recomendam escovas elétricas ou eletrónicas
(sónicas) aos doentes que têm dificuldades com a remoção da placa.

Se limpa sempre cuidadosamente os dentes e estes raramente lhe dão problemas, uma escova manual (de preferência macias) deverá ser suficiente. Não escove com muita força, pois pode provocar inflamação das gengivas. Se qualquer problema físico o impedir de segurar na escova o tempo suficiente ou de movimentar com eficiência, pode ser preferível uma escova elétrica.

As escovas manuais devem ser substituídas de três em três meses. Existem já disponíveis no mercado escovas com cerdas indicadoras - a cor desaparece, em regra, ao fim de dois a três meses, o alertando para a necessidade de substituição.